Em Audiência Pública, realizada na tarde desta segunda-feira (dia 28), o vereador Fiorilo (PDT) levou à discussão os altos índices de reprovação nos exames práticos de rua para obtenção da carteira de habilitação em nossa cidade. A proposta tinha como objetivo compreender o porquê dos recentes números divulgados e chamar a atenção das autoridades responsáveis para a busca de melhorias no sistema utilizado.
A audiência foi solicitada pelo vereador frente ao grande número de queixas que vinham chegando em seu gabinete. Fiorilo reconheceu a importância do rigor dos exames, uma vez que a insegurança no trânsito também é um reflexo dos maus condutores colocados nas vias diariamente. Mas ressaltou que é preciso rever os métodos de avaliação; além de preparar melhor os examinadores, para que saibam lidar com o nervosismo natural dos candidatos.
Para Paulo Sérgio Xavier, delegado regional da Polícia Civil, a rigorosidade nos exames pode representar o principal fator nos atuais índices de reprovação. Completou que a quantidade de aulas práticas obrigatórias não são suficientes para preparar os candidatos e apontou que algumas auto-escolas tem como objetivo o lucro e não a formação de bons condutores. Com relação aos exames noturnos, disse que o calendário já foi refeito, que a cidade terá novamente exames diurnos e noturnos. Fechou sua fala ressaltando a importância de tornar o exame mais objetivo, como ocorre na moto-pista, e que conversas têm sido realizadas no intuito de rever a metodologia.
"Não há como ter complacência, principalmente no exame de direção", iniciou assim sua fala Cristiane Maciel, delegada titular da Delegacia de Trânsito. A delegada defendeu a rigorosidade do exame e afirmou que o método utilizado faz parte da legislação vigente sobre o tema. Há mais de dois anos à frente da delegacia, reconheceu que o índice de aprovação em Juiz de Fora, que se mantinha entre 23 e 26%, diminuiu depois da adoção dos exames noturnos, tendo registrado 19% em abril. Reconheceu que o locais onde o exame é realizado nem sempre são favoráveis, com má iluminação, péssimas condições da via, entre outros. Mas sugeriu que cabe também às auto-escolas fazer uma revisão das aulas práticas no intuito de mudar esses índices. Para Cristiane Maciel o número ideal de aulas práticas seria o dobro das 20 horas/aula atuais.
Fiorilo encerrou a audiência satisfeito com os esclarecimentos prestados, reforçando a necessidade de se rever a metologia, de se pensar em formas de minorizar os custos para os candidatos e, consequentemente, melhorar os índices de aprovação na cidade.
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