quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Fiorilo busca alternativas para Hospital São Domingos

O diretor-presidente do Hospital São Domingos S.A., Dr. Hélio Paschoalino, convidou o presidente da Comissão de Saúde Pública e Bem Estar Social, José Mansueto Fiorilo (PDT), para uma reunião para que fossem conhecidas as instalações e a condição deficitária da instituição. Dr. Hélio esclareceu que o hospital deve hoje R$ 1,5 milhão. “A situação é caótica. Acabamos de pedir empréstimo de R$ 200 mil para pagar o 13º salários dos trabalhadores. Isto tem ocorrido sistematicamente nos últimos anos”, lamentou.

Foi explicado que havia 120 leitos, mas a prefeitura a partir de agosto diminuiu dez, o que ocasionou a perda de cerca de R$ 13 mil reais por mês. Dr. Hélio explicou que o faturamento agora é de R$ 140 mil. Deste total, há uma amortização mensal de R$ 40 mil, além dos juros. Este pagamento diz respeito à entrada no Refis (Programa de Recuperação Fiscal, do governo federal) para refinanciamento da dívida. A sociedade que detém a instituição, composta por sete integrantes, está tentando vender seu patrimônio para pagar a dívida e fechar o hospital. O diretor alerta que há uma dívida fiscal de R$ 300 mil a ser paga em quinze anos.

Dr. Hélio informou que as diárias dos pacientes do SUS obtiveram um aumento e passaram para R$ 43 a partir de 1º de dezembro, incluindo-se cinco refeições diárias, roupas de cama e de uso e medicamentos. Este total ainda é considerado insuficiente para manter a instituição.

Preocupado com a situação dos pacientes e dos 75 funcionários que podem perder o emprego, Fiorilo discutiu alternativas para tentar reverter a situação. Uma delas seria a complementação da diária do SUS em cerca de 30%. E a criação de mais 40 leitos, o que já ajudaria com o aumento de faturamento por mês.

O diretor-presidente já enviou cartas à Prefeitura, à Secretaria de Estado da Saúde, à promotoria do setor e ao diretor do Fórum informando que há condições de internação somente até 31 de dezembro. A partir de então, ele pediu três meses para estudar a desativação. Será realizada uma reunião dia 18 de dezembro com integrantes da Secretaria de Saúde de Juiz de Fora e o diretor espera uma proposta de interesse.

Dr. Hélio explica que o hospital obedece as exigências do SUS e possui uma equipe de psicólogo, assistente social, fisioterapeuta a cada 40 internos, além de nutricionista. Diz ainda, que o transporte dos pacientes para outras unidades é custeada pelo hospital, lembrando que a ambulância foi roubada há cerca de um ano. O médico alerta que há pacientes que não possuem mais laços familiares e, com a desativação, não têm para onde ir.

Texto elaborado pela Coordenadoria de Comunicação Social da Câmara Municipal de Juiz de Fora

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